Fauna Brasileira
01) Araraúna (Anodorhynchus glaucus):

Vivia na bacia dos rios Paraná e Uruguai, em territórios da Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil. Seu habitat era em áreas baixas com presença de palmeiras tucum e mucujá.
Media cerca de 70 cm de comprimento, com plumagem azul turquesa e cabeça acinzentada. Tinha manchas amarelas junto à parte lateral inferior do bico e abaixo do bico era de um azul bem escuro. Era a segunda menor das Araras-Azuis.
Construía seus ninhos em ocos de árvores, nas barrancas do rio Paraguai ou nos paredões rochosos do rio Paraná. Alimentava-se de frutas, sementes e insetos. Não se sabe quase nada de como vivia na Natureza.
As causas de sua extinção foram a degradação de seu habitat e o comércio de animais.
É considerada extinta por não ser avistada na Natueza há mais de 80 anos. Não se conhece a existência de nenhum espécime em cativeiro. É provavelmente a primeira ave brasileira a ser extinta por intervenção humana.
02) Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii):

Era endêmica do Nordeste do Brasil, principalmente nos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e áreas mais úmidas do sertão.
Seu tamanho máximo é de 57 cm de comprimento e com cerca de 400 g de peso. A plumagem é azul variando de tonalidade, sendo quase branca na cabeça e azul mais escuro na cauda e asas. O bico é negro e os olhos amarelo-mostarda.
É herbívora, alimentando-se de frutos. Na Natureza dava preferência para sementes de caraibeiras, de pinhão, entre outras árvores típicas de seu habitat natural.
Araras e demais psitacídeos são animais monogâmicos, tendo um único parceiro por toda a vida. Na morte de um dos membros do casal, o restante muito dificilmente volta a formar um novo casal, no máximo ingressa em um novo grupo. Esta aves são gregárias, formando grupos numerosos. Faziam ninhos em ocos de árvores altas como seus demais parentes. O desmatamento na Caatinga contribuiu para a destruição de seus locais de nidificação, dificultando a reprodução da espécie. A reprodução em cativeiro desta e outras espécies de psitacídeos é muito rara, condenando-a à extinção também em cativeiro.
Um outro fator que contribuiu para sua extinção foi a caça para o comércio de aves exóticas. Um exemplar chega a valer 100.000 dólares no mercado negro de aves exóticas.
Severino, o último espécime em estado natural, estava solitário. De tão só, arranjou companheira de outra espécie, uma Maracanã (Ara maracana), que vive no mesmo habitat destas araras. A companheira de Severino chegou a botar ovos, mas nunca nasceram filhotes desta união.
Desde o desaparecimento de Severino a espécie é considerada extinta na Natureza. Mas ainda há esperança para as Ararinhas-Azuis, já que foram conseguidas algumas crias em cativeiro. Mas a reprodução da espécie é muito difícil, e provavelmente, levará muito tempo para que haja uma população viável para uma reinserção na Natureza, se é que um dia isto será possível.
Existem apenas 8 exemplares de Ararinha-Azul no Brasil, os demais encontram-se em zoológicos e com particulares pelo mundo afora, somando um total de 78 aves com paradeiro conhecido. É a ave mais rara que existe atualmente.
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